EVANGELHO QUOTIDIANO - Sabado, dia 24 de Outubro de 2009


Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Sabado, dia 24 de Outubro de 2009

Sábado da 29ª semana do Tempo Comum


S. António Maria Claret
Hoje a Igreja celebra : Santo António Maria Claret, bispo, fundador, +1870

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Didaqué : «Escolhe a vida» (Dt 30, 19)


Carta aos Romanos 8,1-11.

Portanto, agora não há mais condenação alguma para os que estão em Cristo Jesus. É que a lei do Espírito que dá a vida libertou-te, em Cristo Jesus, da lei do pecado e da morte. De facto, Deus fez o que era impossível à Lei, por estar sujeita à fraqueza da carne: ao enviar o seu próprio Filho, em carne idêntica à do pecado e como sacrifício de expiação pelo pecado, condenou o pecado na carne, para que assim a justiça exigida pela Lei possa ser plenamente cumprida em nós, que já não procedemos de acordo com a carne, mas com o Espírito. Os que vivem de acordo com a carne aspiram às coisas da carne; mas os que vivem de acordo com o Espírito aspiram às coisas do Espírito. De facto, a carne aspira ao que conduz à morte; mas o Espírito aspira ao que dá vida e paz. É que a carne aspira à inimizade com Deus, uma vez que não se submete à lei de Deus; aliás nem sequer é capaz disso. Os que vivem sob o domínio da carne são incapazes de agradar a Deus. Ora vós não estais sob o domínio da carne, mas sob o domínio do Espírito, pressupondo que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse não lhe pertence. Se Cristo está em vós, o vosso corpo está morto por causa do pecado, mas o Espírito é a vossa vida por causa da justiça. E se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou Cristo de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, por meio do seu Espírito que habita em vós.


Evangelho segundo S. Lucas 13,1-9.

Nessa ocasião, apareceram alguns a falar-lhe dos galileus, cujo sangue Pilatos tinha misturado com o dos sacrifícios que eles ofereciam. Respondeu-lhes: «Julgais que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus, por terem assim sofrido? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos igualmente. E aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé, matando-os, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos da mesma forma.» Disse-lhes, também, a seguinte parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi lá procurar frutos, mas não os encontrou. Disse ao encarregado da vinha: 'Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro. Corta-a; para que está ela a ocupar a terra?' Mas ele respondeu: 'Senhor, deixa-a mais este ano, para que eu possa escavar a terra em volta e deitar-lhe estrume. Se der frutos na próxima estação, ficará; senão, poderás cortá-la.'»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Didaqué (entre 60-120), catequese judaico-cristã
§§ 1-6 (a partir da trad. de coll. Icthus, t. 1, pp. 112ss.)

«Escolhe a vida» (Dt 30, 19)


Há dois caminhos: um de vida e outro de morte, mas há uma grande diferença entre os dois. Ora o caminho da vida é o seguinte: primeiro que tudo, amarás a Deus que te criou; em segundo lugar, amarás o teu próximo como a ti mesmo e aquilo que não queres que ele te faça não o faças tu a outrem. Eis o ensinamento contido nestas palavras: Bendizei aqueles que vos maldizem, rezai pelos vossos inimigos, jejuai pelos que vos perseguem. Com efeito, que mérito tendes em amar os que vos amam? Não o fazem também os pagãos? Quanto a vós, amai os que vos odeiam e não tereis inimigos. Abstende-vos dos desejos carnais e corporais. [...]

Segundo mandamento da doutrina: não matarás, não cometerás adultério, não seduzirás rapazes, não cometerás fornicação, nem roubo, nem magia, nem envenenamento; não matarás nenhuma criança, por aborto ou depois do nascimento; não desejarás os bens do teu próximo. Não cometerás perjúrio, não levantarás falsos testemunhos, não terás intenções de maledicência e não guardarás rancor. Não terás duas maneiras de pensar nem duas palavras: porque a duplicidade de linguagem é uma armadilha de morte. A tua palavra não será mentirosa nem vã, mas plena de sentido. Não serás avarento, nem ganancioso, nem hipócrita, nem maldoso, nem orgulhoso; não terás má vontade com o teu próximo. Não deves odiar ninguém: deves corrigir uns e rezar por eles e amar os outros mais do que a própria vida.

Meu filho, foge de tudo o que é mal e de tudo o que te parece mal. [...] Vigia para que ninguém te desvie da doutrina, porque esse estará a guiar-te para longe de Deus. Se puderes suportar todo o jugo do Senhor, serás perfeito; se não, faz ao menos o que te for possível.
(Referências bíblicas: Mt 22, 37ss.; 7, 12; Tb 4, 15; Mt 5, 44ss.; 1Pe 2, 11; Ex 20; Mt 24, 4)

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