Mirticeli Medeiros
Canção Nova Notícias, Roma
Os bispos do Regional Norte 2, que realizam a visita Ad Limina, participaram de uma coletiva inédita no Vaticano, nesta quinta-feira, 15. Desde que a Ad Limina dos bispos do Brasil começou, em setembro do ano passado, é a primeira vez que bispos de um regional participam de um evento como este. O assunto tratado foi a Amazônia.
Assista à reportagem
Dom Luiz Azcona, Bispo da Prelazia da Ilha do Marajó, estado do Pará, e Dom Erwin Kraütler, Diocese do Xingu, além dos demais bispos do Regional Norte 2 falaram nos microfones da Rádio Vaticano, em Roma, sobre os desafios da Igreja na Amazônia. Entre os assuntos tratados, o descaso com o meio ambiente e a luta da Igreja para combater a exploração sexual de menores e o tráfico de mulheres.
Dom Erwin que foi ameaçado de morte por lutar pelos direitos dos povos indígenas falou do projeto de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte que poderá ser executado pelo Governo Federal. Segundo o bispo, se a hidrelétrica for construída será um atentado contra os índios, a população ribeirinha que vive na região e o meio ambiente.
Já Dom Luiz Azcona, da Prelazia da Ilha do Marajó, fez declarações surpreendentes durante a sua colocação. Ele que também foi ameaçado de morte por combater de frente a Pedofilia na região, contribuindo inclusive com a abertura da CPI sobre a exploração de menores no Pará, não se intimida e continua com as denúncias.
"Foi a Igreja que contribuiu para que essa CPI pudesse acontecer e essa é a realidade. Somos, com isso, 211 pessoas ameaçadas de morte no Pará, marcadas para morrer, uns tem proteção e a maior parte não. O pior é que não existe investigação nenhuma sobre os autores das ameaças", disse Dom Azcona.
O bispo de Santarém (PA), Dom Esmeraldo de Farias, falou da experiência dos bispos ao serem ouvidos pelo Papa sobre essas questões.
"Ser escutado pelo Papa, pelas várias congregações da Santa Sé, inclusive a Comissão Justiça e Paz, realmente há um interesse em favorecer o povo da Amazônia e essa natureza tão bela que Deus criou para nós e para todos, mas que já está tão maltratada e tão ferida", disse o bispo.
Além dessa coletiva de imprensa que recebeu a atenção da imprensa nacional e internacional, os bispos também tiveram a audiência coletiva com o Papa Bento XVI, na qual o Santo Padre destacou a centralidade da Eucaristia.
Canção Nova Notícias, Roma
Os bispos do Regional Norte 2, que realizam a visita Ad Limina, participaram de uma coletiva inédita no Vaticano, nesta quinta-feira, 15. Desde que a Ad Limina dos bispos do Brasil começou, em setembro do ano passado, é a primeira vez que bispos de um regional participam de um evento como este. O assunto tratado foi a Amazônia.
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Dom Luiz Azcona, Bispo da Prelazia da Ilha do Marajó, estado do Pará, e Dom Erwin Kraütler, Diocese do Xingu, além dos demais bispos do Regional Norte 2 falaram nos microfones da Rádio Vaticano, em Roma, sobre os desafios da Igreja na Amazônia. Entre os assuntos tratados, o descaso com o meio ambiente e a luta da Igreja para combater a exploração sexual de menores e o tráfico de mulheres.
Dom Erwin que foi ameaçado de morte por lutar pelos direitos dos povos indígenas falou do projeto de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte que poderá ser executado pelo Governo Federal. Segundo o bispo, se a hidrelétrica for construída será um atentado contra os índios, a população ribeirinha que vive na região e o meio ambiente.
Já Dom Luiz Azcona, da Prelazia da Ilha do Marajó, fez declarações surpreendentes durante a sua colocação. Ele que também foi ameaçado de morte por combater de frente a Pedofilia na região, contribuindo inclusive com a abertura da CPI sobre a exploração de menores no Pará, não se intimida e continua com as denúncias.
"Foi a Igreja que contribuiu para que essa CPI pudesse acontecer e essa é a realidade. Somos, com isso, 211 pessoas ameaçadas de morte no Pará, marcadas para morrer, uns tem proteção e a maior parte não. O pior é que não existe investigação nenhuma sobre os autores das ameaças", disse Dom Azcona.
O bispo de Santarém (PA), Dom Esmeraldo de Farias, falou da experiência dos bispos ao serem ouvidos pelo Papa sobre essas questões.
"Ser escutado pelo Papa, pelas várias congregações da Santa Sé, inclusive a Comissão Justiça e Paz, realmente há um interesse em favorecer o povo da Amazônia e essa natureza tão bela que Deus criou para nós e para todos, mas que já está tão maltratada e tão ferida", disse o bispo.
Além dessa coletiva de imprensa que recebeu a atenção da imprensa nacional e internacional, os bispos também tiveram a audiência coletiva com o Papa Bento XVI, na qual o Santo Padre destacou a centralidade da Eucaristia.
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