"A Eucaristia é o centro da vida da Igreja"
Por ocasião da Solenidade de Corpus Christi – para falar sobre os milagres eucarísticos – o portal cancaonova.com entrevistou professor Felipe Aquino, pregador, escritor e apresentador do programa "Escola da Fé" na TV Canção Nova.
No áudio abaixo você confere na íntegra esta entrevista
cancaonova.com: Qual a importância da Eucaristia para a vida da Igreja?
Professor Felipe: O Papa João Paulo II dizia que a Eucaristia é o centro da vida da Igreja, porque na Eucaristia nós temos o próprio Cristo presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Na Celebração da Eucaristia, nós temos a celebração do mistério da nossa fé, o mistério da redenção da humanidade, pois o Cristo veio para nos salvar, e Ele nos salva, sobretudo, na Eucaristia. O que nós chamamos de Santa Missa, é atualização do Santo Sacrifício de Nosso Senhor Cristo no Calvário, não é uma representação, e sim, a presentificação do único e eterno sacrifício de Cristo.
cancaonova.com: Em que contexto surgiu a Solenidade de Corpus Christi?
Professor Felipe: É uma festa que surgiu há muito tempo, por volta do ano de 1263 nas cidades italianas de Orvieto e Bolsena. Aconteceu um milagre eucarístico em Bolsena e a relíquia do milagre foi levada para Orvieto. É uma festa que Jesus vinha pedindo a uma santa chamada Juliana de Mont Cornillon, pois, em suas orações e em suas visões, o Senhor lhe pedia que se solicitasse à Igreja esta festa litúrgica. Aconteceu que, nessa mesma época, houve um sacerdote que se chamava Pedro de Praga que, ao celebrar uma Missa na igreja de Santa Cristina, na cidade de Bolsena, durante a consagração, na elevação da hóstia, começou a pingar sangue desta sobre o corporal. Este sacerdote mandou comunicar ao Papa Urbano IV sobre o acontecido, pois o Sumo Pontífice estava na cidade vizinha de Orvieto e pediu que trouxessem o comprovante do milagre de Bolsena para Orvieto, em procissão. O bispo de Bolsena foi até Orvieto levando a relíquia e o povo foi atrás. Quando a procissão chegou a Orvieto, o Papa foi ao encontro da relíquia e usou exatamente estas palavras: “Corpus Christi”, ou seja, o Corpo de Cristo. A partir daí teve início toda esta solenidade; no ano de 1263. Nesse mesmo ano, o Santo Padre pediu a Santo Tomás de Aquino, em Orvieto na época, que fizesse o oficio da festa, oficializado pelo Pontífice na Bula de 11 de agosto de 1264, chamada Transituru de Hoc Mundo. Nela ficava prescrito que, na primeira quinta-feira depois da oitava de Pentecostes (oito dias depois da festa de Pentecostes) fosse celebrada esta festividade.
cancaonova.com: Dentre todos os milagres eucarísticos – que são muitos no mundo – quais podemos destacar como os mais conhecidos e os mais impressionantes?
Professor Felipe: Dados registram mais de 130 milagres eucarísticos espalhados pelo mundo, e mais da metade deles ocorridos na Itália. A Igreja tem até dificuldade de analisar todos. Nós sabemos que existem aqueles que são mais conhecidos, como por exemplo, o de Lanciano, o mais antigo, ocorrido por volta do ano 700, cuja comprovação histórica e científica é muito forte. Temos o de Orvieto, que falamos acima, o qual deu origem à Festa de Corpus Christi; temos o de Ferrara ,que foi por volta de 1171; o de Offida na Itália em 1273; o de Senna em 1330; o de Turim 1453. Em Portugal também há um milagre famoso, o de Santarém em 1247, entre outros. Então me parece que existam por volta de 10 destes [milagres] aos quais a Igreja dá crédito.
cancaonova.com: Talvez o milagre que mais nos impressiona, por causa da sua característica visual, seja o de Lanciano. O que o senhor poderia falar sobre esse acontecimento extraordinário?
Sem dúvida, é o que mais nos impressiona. O milagre eucarístico de Lanciano aconteceu há mais de 12 séculos, por volta do ano 700. Os monges de São Basílio viviam no mosteiro de São Legoziano, entre eles um monge que passava por uma crise de fé na presença real de Jesus na Eucaristia. Numa certa manhã, este religioso foi celebrar a Santa Missa e, no momento da consagração, ele viu que a hóstia se transformou em carne viva e o vinho consagrado, que estava no cálice, se coagulou. Este milagre ficou guardado por muito tempo até que o Papa Paulo VI, em 1970, autorizou que especialistas italianos fizessem análises científicas bem criteriosas. Foram convidados os doutores Dr. Odoardo Linoli, chefe de serviço dos Hospitais Reunidos de Arezzo e Livre Docente de Anatomia e de Histologia Patológica e de Química e Microscopia Clínica e ao professor Ruggero Bertelli, emérito de Anatomia Humana na Universidade de Siena. Após os trabalhos de alguns meses de análise, exatamente no dia 4 de março de 1971, os pesquisadores publicaram um relatório com o ponto de vista científico concluindo que:
* “A carne é carne verdadeira.
* O sangue é sangue verdadeiro.
* A carne é do tecido muscular do coração (contém, em seção, o miocárdio, endocárdio, o nervo vago e, no considerável espessor do miocárdio, o ventrículo cardíaco esquerdo).
* A carne e o sangue são mesmo tipo sanguíneo (AB) e pertencem à espécie humana.
* No sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os minerais cloreto, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio. As proteínas observadas no sangue foram encontradas normalmente fracionadas em percentagem a respeito da situação seroproteínica do sangue vivo normal. Ou seja, é sangue de uma pessoa viva.
* A conservação da carne e do sangue, deixados em estado natural por doze séculos e expostos à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos constitui um fenômeno extraordinário.”
Isso é interessante porque a relíquia não fica guardada em geladeira, ela fica num relicário, num ambiente normal de temperatura e pressão, ou seja, qualquer carne e qualquer sangue entrariam em estado de decomposição em pouco tempo, e estamos diante de um fenômeno que aconteceu há 1.200 anos.
Supõe-se que o sangue "AB" é o tipo de sangue encontrado no Santo Sudário. Outro fato interessante é que os cinco fragmentos, ao serem pesados, têm exatamente o mesmo peso, não importa a combinação com que se pese. Por exemplo, tanto faz pesar um, dois ou todos fragmentos juntos, eles têm o mesmo peso. Um dos médicos, no seu laudo conclusivo, usou exatamente estas palavras “E o Verbo se fez carne”.
O Conselho da Organização das Nações Unidas (ONU), por intermédio da OMS (Organização Mundial da Saúde), em 1973, nomeou uma comissão científica e depois de 15 meses de estudo confirmou as conclusões dos especialistas italianos. Um dos resumos do trabalho foi publicado com a seguinte declaração da comissão da OMS: "A ciência, conhecedora de seus limites, se detém diante da possibilidade de dar uma explicação deste fenômeno, ou seja, a ciência não sabe explicar o que para a Igreja se caracteriza um milagre. Nestes 15 meses de trabalho os cientistas fizeram mais de 500 exames e, no final, confirmaram os resultados obtidos pelo Dr. Linoli e Bertelli". Isso é mais do que suficiente para mostrar a nós que estamos diante de um milagre eucarístico.
Confira um trecho da entrevista em vídeo:
Por ocasião da Solenidade de Corpus Christi – para falar sobre os milagres eucarísticos – o portal cancaonova.com entrevistou professor Felipe Aquino, pregador, escritor e apresentador do programa "Escola da Fé" na TV Canção Nova.
No áudio abaixo você confere na íntegra esta entrevista
cancaonova.com: Qual a importância da Eucaristia para a vida da Igreja?
Professor Felipe: O Papa João Paulo II dizia que a Eucaristia é o centro da vida da Igreja, porque na Eucaristia nós temos o próprio Cristo presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Na Celebração da Eucaristia, nós temos a celebração do mistério da nossa fé, o mistério da redenção da humanidade, pois o Cristo veio para nos salvar, e Ele nos salva, sobretudo, na Eucaristia. O que nós chamamos de Santa Missa, é atualização do Santo Sacrifício de Nosso Senhor Cristo no Calvário, não é uma representação, e sim, a presentificação do único e eterno sacrifício de Cristo.
cancaonova.com: Em que contexto surgiu a Solenidade de Corpus Christi?
Professor Felipe: É uma festa que surgiu há muito tempo, por volta do ano de 1263 nas cidades italianas de Orvieto e Bolsena. Aconteceu um milagre eucarístico em Bolsena e a relíquia do milagre foi levada para Orvieto. É uma festa que Jesus vinha pedindo a uma santa chamada Juliana de Mont Cornillon, pois, em suas orações e em suas visões, o Senhor lhe pedia que se solicitasse à Igreja esta festa litúrgica. Aconteceu que, nessa mesma época, houve um sacerdote que se chamava Pedro de Praga que, ao celebrar uma Missa na igreja de Santa Cristina, na cidade de Bolsena, durante a consagração, na elevação da hóstia, começou a pingar sangue desta sobre o corporal. Este sacerdote mandou comunicar ao Papa Urbano IV sobre o acontecido, pois o Sumo Pontífice estava na cidade vizinha de Orvieto e pediu que trouxessem o comprovante do milagre de Bolsena para Orvieto, em procissão. O bispo de Bolsena foi até Orvieto levando a relíquia e o povo foi atrás. Quando a procissão chegou a Orvieto, o Papa foi ao encontro da relíquia e usou exatamente estas palavras: “Corpus Christi”, ou seja, o Corpo de Cristo. A partir daí teve início toda esta solenidade; no ano de 1263. Nesse mesmo ano, o Santo Padre pediu a Santo Tomás de Aquino, em Orvieto na época, que fizesse o oficio da festa, oficializado pelo Pontífice na Bula de 11 de agosto de 1264, chamada Transituru de Hoc Mundo. Nela ficava prescrito que, na primeira quinta-feira depois da oitava de Pentecostes (oito dias depois da festa de Pentecostes) fosse celebrada esta festividade.
cancaonova.com: Dentre todos os milagres eucarísticos – que são muitos no mundo – quais podemos destacar como os mais conhecidos e os mais impressionantes?
Professor Felipe: Dados registram mais de 130 milagres eucarísticos espalhados pelo mundo, e mais da metade deles ocorridos na Itália. A Igreja tem até dificuldade de analisar todos. Nós sabemos que existem aqueles que são mais conhecidos, como por exemplo, o de Lanciano, o mais antigo, ocorrido por volta do ano 700, cuja comprovação histórica e científica é muito forte. Temos o de Orvieto, que falamos acima, o qual deu origem à Festa de Corpus Christi; temos o de Ferrara ,que foi por volta de 1171; o de Offida na Itália em 1273; o de Senna em 1330; o de Turim 1453. Em Portugal também há um milagre famoso, o de Santarém em 1247, entre outros. Então me parece que existam por volta de 10 destes [milagres] aos quais a Igreja dá crédito.
cancaonova.com: Talvez o milagre que mais nos impressiona, por causa da sua característica visual, seja o de Lanciano. O que o senhor poderia falar sobre esse acontecimento extraordinário?
Sem dúvida, é o que mais nos impressiona. O milagre eucarístico de Lanciano aconteceu há mais de 12 séculos, por volta do ano 700. Os monges de São Basílio viviam no mosteiro de São Legoziano, entre eles um monge que passava por uma crise de fé na presença real de Jesus na Eucaristia. Numa certa manhã, este religioso foi celebrar a Santa Missa e, no momento da consagração, ele viu que a hóstia se transformou em carne viva e o vinho consagrado, que estava no cálice, se coagulou. Este milagre ficou guardado por muito tempo até que o Papa Paulo VI, em 1970, autorizou que especialistas italianos fizessem análises científicas bem criteriosas. Foram convidados os doutores Dr. Odoardo Linoli, chefe de serviço dos Hospitais Reunidos de Arezzo e Livre Docente de Anatomia e de Histologia Patológica e de Química e Microscopia Clínica e ao professor Ruggero Bertelli, emérito de Anatomia Humana na Universidade de Siena. Após os trabalhos de alguns meses de análise, exatamente no dia 4 de março de 1971, os pesquisadores publicaram um relatório com o ponto de vista científico concluindo que:
* “A carne é carne verdadeira.
* O sangue é sangue verdadeiro.
* A carne é do tecido muscular do coração (contém, em seção, o miocárdio, endocárdio, o nervo vago e, no considerável espessor do miocárdio, o ventrículo cardíaco esquerdo).
* A carne e o sangue são mesmo tipo sanguíneo (AB) e pertencem à espécie humana.
* No sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os minerais cloreto, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio. As proteínas observadas no sangue foram encontradas normalmente fracionadas em percentagem a respeito da situação seroproteínica do sangue vivo normal. Ou seja, é sangue de uma pessoa viva.
* A conservação da carne e do sangue, deixados em estado natural por doze séculos e expostos à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos constitui um fenômeno extraordinário.”
Isso é interessante porque a relíquia não fica guardada em geladeira, ela fica num relicário, num ambiente normal de temperatura e pressão, ou seja, qualquer carne e qualquer sangue entrariam em estado de decomposição em pouco tempo, e estamos diante de um fenômeno que aconteceu há 1.200 anos.
Supõe-se que o sangue "AB" é o tipo de sangue encontrado no Santo Sudário. Outro fato interessante é que os cinco fragmentos, ao serem pesados, têm exatamente o mesmo peso, não importa a combinação com que se pese. Por exemplo, tanto faz pesar um, dois ou todos fragmentos juntos, eles têm o mesmo peso. Um dos médicos, no seu laudo conclusivo, usou exatamente estas palavras “E o Verbo se fez carne”.
O Conselho da Organização das Nações Unidas (ONU), por intermédio da OMS (Organização Mundial da Saúde), em 1973, nomeou uma comissão científica e depois de 15 meses de estudo confirmou as conclusões dos especialistas italianos. Um dos resumos do trabalho foi publicado com a seguinte declaração da comissão da OMS: "A ciência, conhecedora de seus limites, se detém diante da possibilidade de dar uma explicação deste fenômeno, ou seja, a ciência não sabe explicar o que para a Igreja se caracteriza um milagre. Nestes 15 meses de trabalho os cientistas fizeram mais de 500 exames e, no final, confirmaram os resultados obtidos pelo Dr. Linoli e Bertelli". Isso é mais do que suficiente para mostrar a nós que estamos diante de um milagre eucarístico.
Confira um trecho da entrevista em vídeo:
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