Leonardo Meira
Da Redação CN, com Rádio Vaticano
"Peregrinos da verdade, peregrinos da paz" é o título da Jornada de Reflexão, Diálogo e Oração pela Paz e Justiça no Mundo, que acontece nesta quinta-feira, 27, em Assis (Itália). O evento marca os 25 anos do encontro similar, convocado por João Paulo II. Como naquela ocasião, também agora o Papa estará presente. Já na manhã desta quarta-feira, 26, Bento XVI presidiu a um Encontro de Oração na Praça de São Pedro, com a presença dos membros das Delegações que estarão em Assis.
A terra de São Francisco está se preparando com vigílias de oração e funções religiosas para a Jornada, que confirma a cidade como capital mundial da paz, conforme indica um comunicado divulgado pelo Convento de Assis. Muitos jornalistas e peregrinos são aguardados para a chegada do Papa. Foram montados 2 centros de acolhida, cinco salas de imprensa e 10 telões na Praça da Basílica Superior e Inferior de São Francisco, na Porciúncula e na Praça de Santa Maria dos Anjos. “A peregrinação a Assis encontra seu sentido mais verdadeiro por ser o local em que São Francisco viveu e propôs incansavelmente sua mensagem de paz e bem”, continua o comunicado.
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Cerca de 300 expoentes de várias crenças se reunirão com o Papa na cidade. Os chefes das principais delegações farão o trajeto entre Roma e Assis, de trem, juntamente com Bento XVI.
"O evento realizado há 25 anos deixou uma marca indelével aqui. Tudo depois foi inspirado no chamado 'espírito de Assis', ligado à figura de São Francisco. A nossa comunidade, portanto, sentia uma grande exigência de que o Papa relançasse a profecia 25 anos depois. Estamos realmente honrados de ser uma comunidade que se encontra novamente no centro da atenção da Igreja e do mundo", afirma o Arcebispo de Assis, Dom Domenico Sorrentino.
Ele também revela que foi assumido o compromisso de realizar, em todo dia 27 de outubro, um evento para relançar esta mensagem de paz: "É um trabalho que pretendemos fazer e para o qual estamos constituindo inclusive um organismo de coordenação com o mundo franciscano".
Uma das novidades desta edição do Encontro de Assis é a presença de intelectuais agnósticos, convidados pelo Pontifício Conselho para a Cultura. "O conceito de verdade, neste último período histórico, sofreu uma profunda transformação em relação à concepção tradicional. A concepção clássica afirma que a verdade é uma realidade em si, objetiva, que nos precede e nos excede. Agora, ao invés, o conceito de verdade é muito subjetivo. Por isso creio que devemos, ainda, reencontrar a grande concepção clássica e cristã de verdade, e, hoje, muitos homens de cultura estão caminhando nessa direção", explica o presidente do dicastério vaticano, Cardeal Gianfranco Ravasi.
CNBB
O assessor da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB, padre Elias Wolff, está presente em Assis.
"É uma caminhada conjunta em busca do diálogo, da cooperação entre as religiões e a oração pela paz e a justiça no mundo. Este evento tem, de fato, um significado de continuidade. Aqueles esforços que a Igreja Católica está fazendo desde o Concílio Vaticano II são para o reconhecimento do valor das tradições religiosas que buscam de fato, com sinceridade, orientar as pessoas para Deus, para o Divino, para a transcendência. Na declaração Nostra Aetate, a Igreja Católica afirma que nada rejeita do que há de bom e verdadeiro nas tradições religiosas, reconhece a existência de verdade nestas tradições, e onde há verdade, há a ação do Espírito de Deus. De modo que este encontro dos líderes religiosos com o Papa em Assis é uma expressão concreta daquele ensinamento do Concílio Vaticano II e está na tradição iniciada por João Paulo II em 1986: a tradição de estar junto com líderes de outras religiões, refletir juntos, estar em momento de congraçamento, de conhecimento mútuo, fortalecimento das religiões, da amizade. E cada um a partir de sua fé, de seu credo, fazer a oração pela paz e pela justiça no mundo”.
Budistas e muçulmanos da Tailândia
Uma delegação tailandesa também estará presente em Assis. A guiá-los estará o Bispo de Nakhon Ratchasima, Dom Joseph Chusak Sirisut, também Presidente da Comissão para o Diálogo Cultural e Religioso.
Desse grupo proveniente da Thailândia, farão parte líderes budistas e muçulmanos, entre os quais a fundadora de um importante Centro Budista, aberto em 1987, Mae Che Sansanee Sthirasuta, que há 30 anos dedica-se à promoção da paz e da harmonia. Também o médico muçulmano e membro da Comissão para o Diálogo inter-religioso, Suthep Loh-la-moh.
Da Redação CN, com Rádio Vaticano
Bento XVI participará de Jornada pela Paz em Assis
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A terra de São Francisco está se preparando com vigílias de oração e funções religiosas para a Jornada, que confirma a cidade como capital mundial da paz, conforme indica um comunicado divulgado pelo Convento de Assis. Muitos jornalistas e peregrinos são aguardados para a chegada do Papa. Foram montados 2 centros de acolhida, cinco salas de imprensa e 10 telões na Praça da Basílica Superior e Inferior de São Francisco, na Porciúncula e na Praça de Santa Maria dos Anjos. “A peregrinação a Assis encontra seu sentido mais verdadeiro por ser o local em que São Francisco viveu e propôs incansavelmente sua mensagem de paz e bem”, continua o comunicado.
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Cerca de 300 expoentes de várias crenças se reunirão com o Papa na cidade. Os chefes das principais delegações farão o trajeto entre Roma e Assis, de trem, juntamente com Bento XVI.
"O evento realizado há 25 anos deixou uma marca indelével aqui. Tudo depois foi inspirado no chamado 'espírito de Assis', ligado à figura de São Francisco. A nossa comunidade, portanto, sentia uma grande exigência de que o Papa relançasse a profecia 25 anos depois. Estamos realmente honrados de ser uma comunidade que se encontra novamente no centro da atenção da Igreja e do mundo", afirma o Arcebispo de Assis, Dom Domenico Sorrentino.
Ele também revela que foi assumido o compromisso de realizar, em todo dia 27 de outubro, um evento para relançar esta mensagem de paz: "É um trabalho que pretendemos fazer e para o qual estamos constituindo inclusive um organismo de coordenação com o mundo franciscano".
Uma das novidades desta edição do Encontro de Assis é a presença de intelectuais agnósticos, convidados pelo Pontifício Conselho para a Cultura. "O conceito de verdade, neste último período histórico, sofreu uma profunda transformação em relação à concepção tradicional. A concepção clássica afirma que a verdade é uma realidade em si, objetiva, que nos precede e nos excede. Agora, ao invés, o conceito de verdade é muito subjetivo. Por isso creio que devemos, ainda, reencontrar a grande concepção clássica e cristã de verdade, e, hoje, muitos homens de cultura estão caminhando nessa direção", explica o presidente do dicastério vaticano, Cardeal Gianfranco Ravasi.
CNBB
O assessor da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB, padre Elias Wolff, está presente em Assis.
"É uma caminhada conjunta em busca do diálogo, da cooperação entre as religiões e a oração pela paz e a justiça no mundo. Este evento tem, de fato, um significado de continuidade. Aqueles esforços que a Igreja Católica está fazendo desde o Concílio Vaticano II são para o reconhecimento do valor das tradições religiosas que buscam de fato, com sinceridade, orientar as pessoas para Deus, para o Divino, para a transcendência. Na declaração Nostra Aetate, a Igreja Católica afirma que nada rejeita do que há de bom e verdadeiro nas tradições religiosas, reconhece a existência de verdade nestas tradições, e onde há verdade, há a ação do Espírito de Deus. De modo que este encontro dos líderes religiosos com o Papa em Assis é uma expressão concreta daquele ensinamento do Concílio Vaticano II e está na tradição iniciada por João Paulo II em 1986: a tradição de estar junto com líderes de outras religiões, refletir juntos, estar em momento de congraçamento, de conhecimento mútuo, fortalecimento das religiões, da amizade. E cada um a partir de sua fé, de seu credo, fazer a oração pela paz e pela justiça no mundo”.
Budistas e muçulmanos da Tailândia
Uma delegação tailandesa também estará presente em Assis. A guiá-los estará o Bispo de Nakhon Ratchasima, Dom Joseph Chusak Sirisut, também Presidente da Comissão para o Diálogo Cultural e Religioso.
Desse grupo proveniente da Thailândia, farão parte líderes budistas e muçulmanos, entre os quais a fundadora de um importante Centro Budista, aberto em 1987, Mae Che Sansanee Sthirasuta, que há 30 anos dedica-se à promoção da paz e da harmonia. Também o médico muçulmano e membro da Comissão para o Diálogo inter-religioso, Suthep Loh-la-moh.
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