Já desde o anúncio de encarnação, Jesus permite que Sua mãe experimente o sofrimento, porque Ele precisava dela como uma mulher experimentada no sofrimento, em todo tipo de sofrimento que as mulheres passam, como que para completar com isso, nas palavras de Paulo, os sofrimentos de Cristo como home – o sofrimento de ser objeto da dúvida do homem que ela amava e que a amava, a humilhação de não ter onde se hospedar num momento de necessidade, a angústia causada pela ameaça à vida de seu filho único, os apuros de ser uma refugiada num país estrangeiro e hostil, a agonia de não saber nada sobre o destino de seu filho amado, os constantes rumores sobre escândalos a respeito Dele e alegações de que Ele estaria transgredindo a lei e o embaraço causado por parentes bem intencionados pressionando-a a impedi-Lo de continuar com suas afirmações e atitudes incomuns (cf. Mt 1,19;2,13-14; Lc2,48-50).
Mas mesmo esses sofrimentos todos foram apenas sombras do que seria a cruz no Calvário, com Jesus pendurado lançando as primeiras sombras sobre Maria ali em pé (cf.Jo19,25). Pois acima de tudo a sua dor era por ver o seu filho mal interpretado e suspeito de um crime, abandonado e traído até mesmo por Seus próprios seguidores e apóstolos, julgado e sentenciado injustamente, ridicularizado e amaldiçoado pelos líderes civis e religiosos, entregue nas mãos de carrascos para ser crucificado junto com dois criminosos pelas mesmas pessoas que foram beneficiadas pelo Seu ministério (cf. Jo 19,17-18).”
Esse é o trecho do livro “Quem é Jesus?” de Padre Rufus.
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