Novo embaixador do Brasil fala de seu encontro com Bento XVI

Mirticeli Medeiros
Da Redação CN, com colaboração de Danusa Rego (CN Roma)



Bento XVI e o embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Almir Franco de Sá

Almir Franco de Sá Barbuda, o novo embaixador do Brasil Junto a Santa Sé, concedeu uma entrevista exclusiva aonotícias.cancaonova.com, onde falou sobre o encontro dele com o Santo Padre que o recebeu no Vaticano, no último dia 31 de outubro. Na ocasião, foram entregues pelo Pontífice as credenciais que formalizam a posse do cargo de embaixador.

noticias.cancaonova.com:  Como foi o seu encontro com Bento XVI? 

Almir Franco de Sá: Foi um encontro muito emocionante, como já imaginávamos. Eu fiquei conversando com o Santo Padre de 15 a 20 minutos falando sobre o Brasil, a situação da Igreja no país e os avanços recentes. Falamos muito sobre a jornada mundial da juventude e ele disse que está muito feliz pois essa será uma boa ocasião para reforçar a Igreja católica brasileira que cai um pouco no secularismo. A presença dele vai reforçar a fé dos católicos, dos jovens brasileiros. Isso foi um ponto importante. 

noticias.cancaonova.com: Sabemos que o acordo Brasil e Santa Sé foi assinado em 2010, pelo presidente Lula. O que este acordo prevê e como a Igreja do Brasil passa a ser vista a partir disso?  

Almir Franco de Sá: O acordo não trouxe muita novidade. Ele apenas formaliza em um documento o que já existia em relação a igreja. Não existe nenhum benefício. É um documento importante para a Igreja do Brasil e para o governo, porque dá uma maior segurança pra atuação da Igreja do Brasil. O Papa fez questão de dizer que ficou contente com a assinatura e o governo também.

noticias.cancaonova.com: E como é atualmente o relacionamento do governo brasileiro com a Santa Sé?

Almir Franco de Sá: As relações entre governo do Brasil e Santa Sé são muito boas. A Igreja ajuda muito o governo brasileiro e em algumas situações às vezes até aponta um problema aqui ou ali. O presidente Lula chegou a citar que ficou aborrecido com algumas críticas, mas depois ele elogiou o posicionamento da Igreja, pois considerou verdadeiro, o que ajudou, segundo ele, inclusive a encontrar caminhos. Eu acho que a atuação da Igreja é muito boa e a presidenta Dilma já se manifestou mandando uma carta para o papa dizendo que quer estreitar as relações.

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