Homilia do Padre Fernando Cardoso - 19 de fevereiro de 2012

Aproveito para advertir e avisar os telespectadores de que o retiro de carnaval, já tradicional na RedeVida, está sendo por mim pregado. Basta que o telespectador sintonize a sua RedeVida de televisão nos horários oportunos.

O Evangelista Marcos, neste domingo, apresenta-nos um paralítico conduzido a Jesus por quatro seres humanos. E aqui vemos a diferença entre nós, homens, e Jesus. Que podemos nós fazer? Podemos nos colocar de acordo? Podemos nos reunir? Podemos colocar um paralítico em cima de uma padiola, e carregá-lo até Jesus; aqui termina todo o nosso ímpeto, toda a nossa potência e toda a nossa capacidade.

Bem outra é a atitude de Jesus. Com olhos longemirantes, enxerga o estado de espírito daquele paralítico: “Filho, teus pecados te são perdoados.” E, diante de acusações de blasfêmia que aparecem imediatamente ao redor, diz: “que é mais fácil, dizer; que teus pecados te são perdoados” – o que só pode ser comprovado com os olhos da fé – “ou dizer levanta-te, toma tua cama e vai para tua casa? Pois bem, para que saibais que O Filho do Homem tem o poder” - e se vai do maior ao menor, melhor, do invisível ao visível, “Eu te digo levanta-te, toma o teu leito e vai para casa.”

A diferença entre nós e Jesus é uma diferença grande, é uma diferença imensa. Nós não podemos fazer outra coisa senão apresentar alguém a Jesus. E Jesus, que não veio aqui para simplesmente curar deficientes físicos ou pessoas excepcionais, olha o coração, vê a presença do pecado, olha o mal que faz o pecado e para onde ele conduz: a morte. E, portanto, o remédio não pode ser apenas superficial, o remédio não pode ser epidérmico, o remédio não pode ser simplesmente: “levanta-te, toma tua cama e vai para tua casa.”

Neste caso, a situação daquele doente não seria substancialmente modificada diante de Deus. Era preciso que recebesse a cura não apenas epidérmica, não apenas física, mas recebesse a cura de seu coração: a purificação ou perdão de seus pecados.

Este paralítico não tem nome, é na verdade um anônimo, e pode ser uma figura paradigmática, ou seja, ele pode representar, em seu estado, cada um de nós. E cada um de nós pode esperar de Jesus, hoje, através da leitura da homilia e da reflexão silenciosa diante deste texto, a cura de seus pecados, o perdão de suas faltas e a completa reestruturação diante de Deus.

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