Celebrações do Tríduo Pascal na Terra Santa

Por Cris Henrique (Missionária da Canção Nova na Terra Santa)
Em Jerusalém, faz-se uma experiência única durante a Semana Santa, e você pode trilhar essse caminho conosco a partir desta Quinta-feira. Caminhemos para o Cenáculo, local onde a Eucaristia foi instituída e, depois, aconteceu o Pentecostes.
Esse não é um santuário, mas está sob a custódia do Estado de Israel, pois os judeus acreditam que a tumba do Rei Davi esteja ali. Porém, o fato de estarmos no lugar onde o Mestre esteve e nos deixou uma grande herança faz com que o momento tenha algo especial, singular.
Basílica das Nações localizada em Jerusalém.
Do Cenáculo, partimos para o Getsêmani, na Basílica das Nações, mais precisamente no Monte das Oliveiras, onde cristãos de diversas nacionalidades permanecem em vigília, atendendo ao apelo de Jesus: “Ficai comigo e vigiai”.
É lindo ver pessoas de diversas partes do mundo presentes num mesmo lugar e falando uma única língua: a fé. É a hora santa.
Na Sexta-feira Santa, seguimos para o Calvário, momento da procissão fúnebre. Todo o caminho da dor de Cristo é retratado pelos freis e seguido pelos fiéis. Uma figura articulada de Jesus retrata cada instante da dor e do sofrimento de Cristo.
Num momento de silêncio, ouvimos o barulho dos pregos sendo cravados na simbólica imagem. Não há como conter a emoção, pois foi ali, naquele lugar, que tudo aconteceu.
Os frades descem do Calvário, colocam a imagem na Pedra da Unção para que seja feito o banho de óleo, da mesma forma como era feito na época de Jesus, de acordo com o costume judaico.
Por fim, seguimos para o Calvário com a imagem envolvida no sudário. Ali, os freis encerram esse momento com a frase: “Que os mortos fiquem sós”. Não é uma representação, mas a expressão de uma fé que terá seu ápice no Domingo da Ressurreição, quando a celebração é realizada em frente ao sepulcro vazio, prova viva de uma experiência concreta de amor e de entrega.
Como a Terra Santa tem sua particularidade, na segunda-feira seguiremos para Emaús com os discípulos. Esse é um dos episódios mais bonitos do Evangelho, pois representa a vida do cristão, de cada um de nós que, com muito entusiasmo, espera que seja Jesus o homem que caminha ao nosso lado.
O fracasso da nossa vida acontece quando entramos em crise, mas Jesus,  no encontro, por meio da Palavra de Deus e da amizade permanece conosco. Além disso, com a Eucaristia, Ele deseja nos recuperar. Este é o mais belo final de todo o percurso.
É nessa esperança viva e testemunhada por muitos, no decorrer dos séculos, que ficamos ansiosos para nos unir à Igreja de todo o mundo e proclamar “Cristo realmente ressuscitou, verdadeiramente ressuscitou”, porque este é o grito do cristão, da ressurreição.

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