Antes de falarmos sobre os transtornos sexuais, tema deste mês no Destrave, é preciso ter claro o verdadeiro conceito do que é a sexualidade. Se você der uma breve pesquisada na internet, vai encontrar muitos significados. O dicionário, por exemplo, diz: 1) qualidade do que é sexual 2) Modo de ser próprio do que tem sexo.
Para algumas correntes psicológica, a sexualidade humana é uma construção que se inicia desde os primeiros anos de vida, sobretudo na relação da criança com a mãe, o pai e o ambiente que a cerca. Desta forma, a sexualidade é uma relação corpórea e psíquica e sua saúde depende muito do ambiente em que o sujeito vive.
A Igreja Católica, “perita em humanidade” como já dizia Paulo VI, recorda, na sua doutrina, que“a sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, sua unidade de corpo e alma. Diz respeito, particularmente, à afetividade, à capacidade de amar e de procriar e, de maneira mais geral, à apitidão a criar vínculos de comunhão com os outros” (Catecismo da Igreja Católica 2332).
“O ser humano é uma forma de o espírito conviver com a matéria, da alma conviver com o corpo. É uma realidade física, mas que integra um projeto espiritual”, diz padre Paulo Ricardo, da arquidiocese de Cuiabá (MT).
“Quando a Igreja ensina que algumas práticas como a masturbação, o sexo antes do casamento, o homossexualismo, a prostituição são pecaminosas, ela está dizendo que estes atos desestruturam a pessoa, não fazem bem a ela”, conclui padre Paulo.
Confira, no vídeo abaixo, a entrevista com padre Paulo Ricardo e padre Wagner Ferreira sobre o tema sexualidade
Para o formador geral da Comunidade Canção Nova e doutor em Teologia Moral, padre Wagner Ferreira, a sexualidade humana deve corresponder ao primeiro chamado do homem, que é o amor. “Nós entendemos o amor como doação para o bem do outro. Então ,não vale a pena este amor se ele é vivido de forma egoísta, no qual eu penso apenas na minha felicidade e na minha satisfação”, diz o sacerdote.
Neste sentido, também nos indica a Sagrada Congregação para a Educação Católica no documento “orientações educativas sobre o amor humano”:
“A sexualidade deve ser orientada, elevada e integrada pelo amor que é o único a torná-la verdadeiramente humana. (…) Fora deste contexto de dom recíproco – realidade que o cristão vive sustentado e enriquecido de maneira particular pela graça de Deus – ela perde o seu sentido, dá lugar ao egoísmo e é uma desordem moral” (5-6)
Portanto, a sexualidade deve ser vista como relações afetivas, psíquicas e biológicas, mas também como um projeto espiritual ordenado para o amor. E Deus é amor.
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