“Eu
sou a luz do mundo,
Quem
me segue terá a luz da vida!”
1.Introdução.
O profeta Jeremias identifica sinais de
esperança para o Povo sofrido de Israel. Deus mesmo vai conduzi-lo no retorno
para a pátria. Vai traçar caminhos que passam junto a fontes de água límpida.
Ele vai amparar os fracos, os coxos, as mulheres grávidas. Será uma procissão
festiva dos “Pobres de Javé” regressando para sua Terra Natal.
Haverá sinais verdadeiros de esperança no
horizonte de nosso povo brasileiro, de nossa comunidade? As eleições
não deixam de ser um dos sinais de esperança! O povo é persistente na
esperança! Haverá sinais de esperança no seu horizonte pessoal? Quem
sabe, de superar um vício, de conseguir uma casa própria, um emprego estável,
uma Igreja mais fervorosa e apostólica! Quais são os sinais de esperança
existentes em nosso horizonte?
Os Apóstolos não viam sinais de esperança
na decisão de Jesus, mas o “cego de Jericó” aclama Jesus como sua única
esperança de cura. E Jesus o curou de sua cegueira! Jesus é nossa única
esperança nesse “mundo torto” que nós mesmos construímos!
2.Palavra de Deus.
Jr. 31,7-9 – O profeta Jeremias consolou o Povo de Israel com a
alvissareira notícia de que seria libertado e conduzido para a Terra Natal pela
mão carinhosa do próprio Deus! Ele mesmo vai levá-los aos cursos de água limpa
e através de caminhos retos e planos.
Hb 5,1-6 – O Povo de Israel conhecia
os sacerdotes, descendentes de Aarão, mas, aqui, é anunciado um novo e eterno
sacerdote, compassivo e que se oferece a si mesmo para nossa salvação. Jesus é
o novo, o eterno, o compassivo e definitivo Sacerdote de Deus para nós.
Mc 10,42-56 – Jesus caminha na
direção de Jerusalém, onde será morto e, depois, ressuscitará. Os próprios
Apóstolos não entendem a atitude de Jesus. São cegos! Mas, um cego, sentado à
beira da estrada, reconhece Jesus como Salvador. Grita por Ele até ser curado!
Ele entra na procissão e canta louvores a Deus!
Os sarados não enxergam, mas o “cego de Jericó” entende e segue os
caminhos de Jesus.
3.Reflexão.
·
Duas ideias se impõem à nossa cabeça quando
meditamos a esperança messiânica, desenhada na Bíblia: a figura de um “Messias
sofredor”, e o partido que Deus toma em favor dos pobres!O “Servo
do Senhor” é um “Servo sofredor” que resgata seus
irmãos pelo sofrimento! Em Israel os preferidos de Javé são os coxos, os
deficientes físicos, as mulheres grávidas...
enfim, os pobres! Quem seriam, hoje, seus preferidos?
·
Os Apóstolos tinham dificuldade de aceitar um “Messias
sofredor”! E nós conseguimos entender as preferências de Deus pelos que
sofrem injustiças e carregam a cruz do sofrimento? O sofrimento é
incompreensível para os filósofos e os cristãos que não penetram profundamente
na dinâmica da misericórdia divina. Nós, os cristãos, temos necessidade de
conversão para sermos discípulos de Jesus, seguidores de suas
pegadas e marchar até Jerusalém com Ele.
·
Jerusalém é o caminho para a glória, mas passa
pelo Calvário! Somos cegos e precisamos de
cura e libertação para seguir Jesus cantando
louvores a Deus.Tomara sintamos necessidade de luz como ele sentia. Seu
grito de dor era sinal expressivo de sua fé no poder de Jesus.
·
O Sacerdote verdadeiro, descrito na
Carta aos Hebreus, é a realização do “Servo Sofredor, Salvador
do Povo, previsto pelo Profeta Isaías. É a realização da profecia: “Tu
és meu Filho, hoje te gerei! (Sl 2,7)
“Tu
és sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Sl 110,4). O sofrimento faz parte da dinâmica do amor divino.
Frei
Carlos Zagonel.
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