Jéssica Marçal
Da Redação CN
Arquivo
Felipe Aquino é professor em História da Igreja e defende o estudo da doutrina social
Definida pelo Papa João Paulo II como o "santuário da vida". Bento XVI a qualificou como “patrimônio da humanidade”. Considerada o berço da sociedade, a família também é objeto de atenção na Doutrina Social da Igreja.
Nesta terceira reportagem da série especial, o assunto é a família à luz da doutrina. Professor de História da Igreja do Instituto de Teologia Bento XVI, da diocese de Lorena (SP), autor de vários livros sobre doutrina católica e pai de cinco filhos, o professor Felipe Aquino fala da estrutura familiar como a coluna “vertebral da humanidade”.
Segundo os princípios da Doutrina Social da Igreja, a família é a célula vital da sociedade, tendo relevância para a pessoa e, consequentemente, para o ambiente social. "É a instituição humana mais importante que existe. A doutrina social ensina que as outras instituições têm que cuidar da família e respeitá-la", afirma o professor.
Realidade do século XXI
Ancorada em princípios morais e éticos, a família depende de meios externos para sua sobrevivência. Professor Felipe fala, por exemplo, da subsistência familiar, que envolve a casa para o casal, o salário, assistência médica, segurança e educação.
No contexto atual, marcado por crises econômicas em tantos países, nem sempre todo esse suporte é oferecido, o que implica, segundo Felipe, na impossibilidade da família cumprir sua função de formar membros para a sociedade. “Falta uma vontade política, de certa forma, de privilegiá-la como a instituição mais importante da sociedade”.
Além de questões sociais, há também novos rearranjos familiares: casais sem filhos, mães solteiras, casais homossexuais. Embora respeite quem vive essa realidade, a Igreja não a reconhece como família, explica o professor. "A doutrina ensina que a família é a união de um homem com uma mulher e os filhos. As outras formas de família, alternativas, a doutrina considera como realidades falsas, não são famílias verdadeiras”.
Atuação da Igreja
Diante da importância da família, professor Felipe lembrou que a Igreja não deixa de manifestar sua preocupação com ela, e isso transcende o aspecto espiritual. Ele disse que a Igreja atua com os documentos e também junto às instituições sociais e políticas, pedindo que haja forte atenção com essa que é a base da sociedade.
Como exemplos, Felipe citou o Catecismo da Igreja Católica (CIC), que dedica um capítulo inteiro à Doutrina Social da Igreja. Além disso, há o Compêndio da doutrina, disponível gratuitamente na internet, e os esforços da CNBB em promover a família na sociedade.
O professor defende que o conteúdo da Doutrina Social da Igreja precisa ser do conhecimento popular, pois se trata de uma “receita” que a Igreja dá a luz do Evangelho para que a sociedade viva bem.
“No meio dessa confusão de ideologias e filosofias que existem no mundo, muitas delas adversas ao Evangelho, a Igreja coloca com clareza a posição dela e a de Deus, que instituiu a família e a conhece. Ninguém melhor do que Deus e, consequentemente a Igreja, sabe falar sobre família”.
Leia mais
.: Padre comenta vida em sociedade à luz da doutrina social.: Conheça as fontes e bases da Doutrina Social da Igreja
Nesta terceira reportagem da série especial, o assunto é a família à luz da doutrina. Professor de História da Igreja do Instituto de Teologia Bento XVI, da diocese de Lorena (SP), autor de vários livros sobre doutrina católica e pai de cinco filhos, o professor Felipe Aquino fala da estrutura familiar como a coluna “vertebral da humanidade”.
Segundo os princípios da Doutrina Social da Igreja, a família é a célula vital da sociedade, tendo relevância para a pessoa e, consequentemente, para o ambiente social. "É a instituição humana mais importante que existe. A doutrina social ensina que as outras instituições têm que cuidar da família e respeitá-la", afirma o professor.
Realidade do século XXI
Ancorada em princípios morais e éticos, a família depende de meios externos para sua sobrevivência. Professor Felipe fala, por exemplo, da subsistência familiar, que envolve a casa para o casal, o salário, assistência médica, segurança e educação.
No contexto atual, marcado por crises econômicas em tantos países, nem sempre todo esse suporte é oferecido, o que implica, segundo Felipe, na impossibilidade da família cumprir sua função de formar membros para a sociedade. “Falta uma vontade política, de certa forma, de privilegiá-la como a instituição mais importante da sociedade”.
Além de questões sociais, há também novos rearranjos familiares: casais sem filhos, mães solteiras, casais homossexuais. Embora respeite quem vive essa realidade, a Igreja não a reconhece como família, explica o professor. "A doutrina ensina que a família é a união de um homem com uma mulher e os filhos. As outras formas de família, alternativas, a doutrina considera como realidades falsas, não são famílias verdadeiras”.
Atuação da Igreja
Diante da importância da família, professor Felipe lembrou que a Igreja não deixa de manifestar sua preocupação com ela, e isso transcende o aspecto espiritual. Ele disse que a Igreja atua com os documentos e também junto às instituições sociais e políticas, pedindo que haja forte atenção com essa que é a base da sociedade.
Como exemplos, Felipe citou o Catecismo da Igreja Católica (CIC), que dedica um capítulo inteiro à Doutrina Social da Igreja. Além disso, há o Compêndio da doutrina, disponível gratuitamente na internet, e os esforços da CNBB em promover a família na sociedade.
O professor defende que o conteúdo da Doutrina Social da Igreja precisa ser do conhecimento popular, pois se trata de uma “receita” que a Igreja dá a luz do Evangelho para que a sociedade viva bem.
“No meio dessa confusão de ideologias e filosofias que existem no mundo, muitas delas adversas ao Evangelho, a Igreja coloca com clareza a posição dela e a de Deus, que instituiu a família e a conhece. Ninguém melhor do que Deus e, consequentemente a Igreja, sabe falar sobre família”.
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