Francisco, em sua tradicional prece dominical, lembrou os exemplos de Cristo para que possamos amar ao próximo e preencher os vazios de nossas vidas
Da redação CN, com Rádio Vaticano
Papa Francisco durante o Ângelus deste domingo, 10 / Foto: Reprodução CTV |
“É um tempo para reconhecer os vazios a serem preenchidos em nossas vidas, para aplanar as asperezas do orgulho e criar espaço para a chegada de Jesus”, disse o Santo Padre.
O Sucessor de Pedro recordou a passagem bíblica do profeta Isaías, quando anuncia o fim de seu exílio na Babilônia e retorno a Jerusalém. Nesta passagem, ele profetiza para que o caminho do Senhor seja preparado no deserto, a fim de que todos os vales sejam nivelados. “Estes vales representam todo o vazio do nosso comportamento diante de Deus, todos os nossos pecados de omissão. O vazio em nossa vida pode ser porque não rezamos ou rezamos pouco”, advertiu Francisco.
Outro vazio citado pelo Papa pode ser a falta de amor ao próximo, sobretudo em relação às pessoas que precisam de ajuda não apenas material, mas também espiritual. “Somos chamados a prestar mais atenção às necessidades dos outros, de estarmos mais próximos, como João Batista, poderemos assim abrir caminhos no deserto árido do coração de muitas pessoas”, exortou.
Ainda sobre o profeta Isaías, o Pontífice recordou seus ensinamentos quando o profeta fala sobre rebaixar os montes e colinas ― uma analogia às nossas falhas morais. “O orgulho, a soberba e a prepotência devem ser rebaixados, pois onde isto existe o Senhor não pode entrar, precisamos assumir um comportamento de mansidão e humildade, sem chamar atenção, e assim preparar a vinda de nosso Salvador, pois este sim é manso e humilde de coração”, disse.
Para que a glória do Senhor apareça, devemos eliminar todos os obstáculos que se impõe em nosso caminho junto a Ele. “Para que o terreno acidentado se torne plano, para que a Glória do Senhor se manifeste e todos os homens juntos irão vê-las. Essas ações devem ser realizadas com alegria, pois são uma preparação à chegada de Jesus”, afirmou o Santo Padre.
Prêmio Nobel
Ao final deste Ângelus, o Papa recordou a entrega do Prêmio Nobel pelo fim do uso das armas nucleares. Segundo Francisco, este reconhecimento se realiza juntamento ao Dia das Nações Unidas para os Direitos Humanos ― que, nas palavras do Santo Padre, destacam as fortes ligações entre os Direitos Humanos e o desarmamento nuclear.
“De fato, comprometer-se com a dignidade da tutela de todas as pessoas, em particular com as mais frágeis e desfavorecidas, significa trabalhar com determinação para construir um mundo sem armas nucleares. Que Deus nos dê a capacidade de colaborar a fim de construir a nossa casa comum. Temos a liberdade e a inteligência de guiar a tecnologia, de limitar o nosso poder a serviço da paz e do verdadeiro progresso”, ponderou.
Por fim, o Sucessor de Pedro manifestou suas preocupações com o povo indiano, vítima do ciclone Ockhi, que deixou algumas dezenas de pessoas mortas, e com o povo albanês, que sofreu perdas irreparáveis com grandes inundações que atingiram o país recentemente.
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